Jerusalém é mais de uma. É um lugar onde encontramos uma cidade dentro da outra. Além da atual e moderna metrópole existe incrustado no cotidiano local a imponência da velha e murada Jerusalém. E neste post você encontra dicas, fotos e vídeos que o auxiliam a criar seu roteiro. E talvez consiga um entendimento sobre o motivo para uma lixeira de bombas em plena rua. Ao que me disseram quando tirei a foto é que aquela palavra em vermelho significa simpatia. Alguém conhece a língua hebraica e confirma?
A muralha e a sua antiga cidade é o que ferve esta região. Uma efervescência tão complexa que é necessária uma atenção redobrada na segurança de todos, por isto, foi colocada esta cápsula em plena rua. Quando você avistar os muros já poderá perceber a relevância histórica desta cidadela, e o quanto ela é importante para muitas religiões. Pode se dizer que Jerusalém é o mais agitado, complexo e disputado centro religioso do mundo.
É um local sagrado e significativo para tantas religiões que é inapropriado citar fatos religiosos. Portanto somente ressalvo, que lá se encontra a tumba de Jesus de Nazaré. É na Igreja do Santo Sepulcro que está este símbolo católico. Segue abaixo um vídeo com imagens da tumba. E leia o post até o final para ver um vídeo completo sobre Jerusalém incluindo o chamado para o Adhan (a reza muçulmana) e o muro das lamentações.
Vamos as dicas para construir o roteiro ideal. Leve em consideração que a velha Jerusalém é como um labirinto, e são os seus becos que parecem decidir aonde você deve ir. São incontáveis as esquinas em que a cidade muda, e esta mudança não é somente estética, é uma alteração histórica e religiosa de tudo o que estará a sua volta.
Como visto na imagem acima para adentrar as muralhas da velha Jerusalém é importante ter acesso a mapas offline. É difícil fluir de forma ordenada entre os becos de uma cidade que já foi destruída 2 vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes e trocou de captores outras 44 vezes.
Dito isto, construa um roteiro dentro dos muros sem uma ordenação dos caminhos a seguir. Busque elencar os atrativos que você quer conhecer, curta a caminhada, e não se preocupe com aquele momento em que seguir por outro caminho. Um exemplo do emaranhado de becos é que é impossível caminhar refazendo a Via Crucis sem um guia local. Contrate guias neste link. Caso queira tentar fazer o passeio sem guia saiba que existem alguns aplicativos, bem como, Jerusalem Audio Tours e Jerusalem City Walks que podem te ajudar nesta aventura.
Uma dica para ter uma melhor orientação geográfica, e facilitar o entendimento dos espaços da velha Jerusalém, é subir na muralha e dar uma caminhada, visualizando a cidade por cima. Sim, você pode subir no muro desde que pague US$ 3 por pessoa. O acesso é no Jaffa Gate e o trajeto dura uns 30 minutos, terminando no Damascus Gate. Bem em frente aonde está a estação dos ônibus que levam para Belém, na Palestina. Mas além disto é em frente a esta estação que estão ótimos mercados, com uma oferta variada de carnes, frutas e verduras, ou seja, se você tem uma cozinha a disposição é o melhor lugar para as compras.
Os atrativos dentro da cidade murada têm regras bem restritivas. Você irá passar por check points ostensivos de segurança, e com certeza será perguntado qual religião segue para ter alguns acessos liberados. Portanto é decisivo um bom estudo dos locais a visitar.
Por exemplo: No muro das lamentações são homens de um lado e mulheres de outro. Lave as mãos lá naquela bica (parece um bebedor). Homens coloquem o quipá (você não tem quipá? Tem alguns como cortesia ali na bica). E mulheres devem cobrir os ombros e as pernas, e durante o Pessach não pode ter pão na sua mochila.
São muitas opções de roteiros em Jerusalém, mas uma boa dica é curtir o final da tarde no Monte das Oliveiras, e depois descer suas ladeiras e adentrar o Golden Gate ou Lion’s Gate. Esta caminhada dura em torno de 1h, e dependendo do horário você poderá ouvir o Adhan (o chamado para oração). Vale salientar que somente muçulmanos podem entrar nas orações na Cúpula da Rocha, bem como, você pode ver no vídeo abaixo. Aproveite e siga o canal no Youtube.
Programe um final de tarde e o anoitecer dentro dos muros, a noite a cidade muda de contexto, são moradores locais que tomam as pequenas vielas, porém faça isto nas primeiras horas pois alguns becos estarão bem vazios.
A melhor forma de programar este passeio noturno é ver a cidade de cima do Monte das Oliveiras, e durante o entardecer descer até os portões. Para que você tenha uma noção do visual e da distância que te separa da cidade, segue um breve vídeo do monte.
Quanto a moderna Jerusalém ela é uma cidade aprazível com suas ruas largas, bares, lojas e restaurantes. E conta com serviço de transporte público exemplar, feito por trens de superfície, além de lugares e mercados agitados, bem como, o Mahane Yehuda Market. Mas é no entorno da muralha da Velha Jerusalém que a cidade acontece. É nesta região que estão quase todas as principais atrações.
Portanto para desfrutar de sua estada por lá busque se hospedar em ruas que margeiam os muros. Eu fiquei no Segal In Apartments localizado a apenas 10 minutos dos principais acessos.
Para sair de Jerusalém para Tel Aviv de ônibus é fácil. Use o trem de superfície e vá até a estação central, após comprar sua passagem encontre o portão de embarque. Uma importante dica é somente para o caso de haver a superlotação que ocorre durante o Pessach (páscoa judaica), sendo assim mantenha firme as rédeas do seu lugar na fila, e tenha certeza de que ao colocar a mala no bagageiro este seja do mesmo ônibus que você vai embarcar (sua passagem não é marcada em um ônibus, eles vão caoticamente lotando e saindo), pois não a controle, ao perceber a lotação máxima o motorista fecha a porta e parte sem olhar para trás. Para evitar surpresas com transfers reserve aqui pelo GetYourGuide.
Boa viagem. Se quiser mais dicas por favor pergunte nos comentários abaixo.
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